Faz tempo que esta seção do blog não aparece por aqui, ainda mais com a enxurrada de novidades que tivemos no final do ano passado e no início deste ano.
Mas, como meu Ojii-sama já dizia: "nem só de novidades vivem os humanos", então o post de hoje é para fazer justiça a esta obra que muitos julgam mal.
O mangá de Shurato (ou Tenkū
Senki Shurato - "A Guerra Celestial de Shurato"), foi
escrito por Hiroshi Kawamoto e adaptado para anime pela Tatsunoko
Productions. Começou a ser publicado no final da década de 80 na revista Shōnen King, da revista Shōnen Gahosha.
O anime
estreou na TV Tokyo em 1989 e continuou até os anos 90, gerando 38
episódios, e seu final só foi mostrado no OVA (Tenkū Senki Shurato – Sousei e no Anto) em 1991.
Fora do
Japão Shurato teve maior sucesso na França e no Brasil.
Para mim, no Brasil, Shurato foi mais uma obra com ótimo trabalho na dublagem. Não foi um marco como Yuyu Hakusho, mas com certeza foi um trabalho muito bem feito.
Quero dizer que acho muito injusto quem chama Shurato de "Cavaleiros do Zodíaco genérico". Para começo de conversa, CDZ trata da mitologia grega, e Shurato da mitologia budista/hindu. Segundo que o enrredo é bem diferente. Não estou dizendo que Shurato é melhor que Cavaleiros, mas não podemos também tirar os méritos do nosso protagonista maluco e desajeitado.
Bom, antes de simplesmente defender Shurato, vamos à sinopse:
Shurato e Gai são melhores amigos, porém rivais no mundo das artes marciais. Um dia em um tornei os dois iriam lutar ente si, mas no meio da luta, uma luz acaba levando os dois para um mundo totalmente diferente, o Mundo Celestial. Ao acordar, Shurato se da conta que não está mais no Japão e que Gai não está ali. Ele acorda em companhia de Rakesh, que (bem atrevida) o acorda com um beijo. No meio da confusão com Rakesh, Gai aparece vestindo uma "armadura" estranha e ataca Shurato, que junto com a garota, é salvo por Leiga, e levado a presença da deusa Vishnu, que explica-lhe que ali, no Mundo Celetial o que rege as pessoas é Souma (tipo o cosmo, o Ki ou a energia espiritual), e que ele é um dos oito guardiões do povo de Deva.
Ela explica que Gai também é um dos oito guardiões, mas que ele fora dominado pelo Souma negro (tipo o Dark Side), e que Shurato deve se juntar aos demais guardiões para proteger o Mundo Celestial das forças malignas do povo de Asra. Na mesma noite em que Shurato é levado, o general Indra, braço direrito da deusa Vishnu, a trai transformando-a em pedra. E cabe a Shurato, o rei Shura, salva-la e resolver o equívoco que divide os guardiões.
O que mais eu gosto em Shurato é que, apesar de ser o protagonista, ele não aceita tudo logo de cara. Veja bem, ele do nada acorda em mundo sem nenhum tipo de tecnologia, totalmente diferente do mundo onde ele vivia, dizem pra ele que ele é a reencarnação do Rei Shura, e que ele tem que proteger um povo que ele nem se quer conhece. É óbvio que ele não aceita tudo numa boa de começo. Sem contar que ele vai se tornando forte aos poucos, ele nem se quer sabia que o souma existia, não sabia o que era um Shakti (lê-se shakiti. É a armadura que eles usam). Então ele não é do tipo "sou bom porque sou o protagonista", e isso cativa ao decorrer do anime todo, mesmo no final da série de TV exibida no Brasil ele ainda era ingênuo ao ponto de não saber se adaptar a tudo aquilo.
Além do mais, Shurato traz boas lições como o valor das amizades, e nunca desistir de alguém de quem se gosta (no caso dele e do Gai), mas também que não devemos nos fechar para conhecer pessoas novas só porque você tem aquele seu amigo de tempos. Shurato também nos ensina a abraçar responsabilidades e não fugir delas só por causa de seu peso.
E então, viu como Shurato é legal? Sem falar que a trilha sonora e os traços são muito bons. E como sempre eu tenho o meu pequeno orgulho, que são as fitas gravadas da Rede Manchete, versão de 1996. E
Eu tive um boneco original do Shurato, mas infelizmente ele se perdeu com o tempo. =/
Mata ne. o/
e...
"Om Shura sowaka"
Para baixar o anime completo: clique aqui.
E para os OVAs clique aqui.