quinta-feira, 27 de abril de 2017

Drops - Mangá é Melhor que Anime?

Vem cá, conta aqui pra Hatsuki, você também já ficou empolgado quando viu anunciarem a adaptação daquele seu mangá favorito para animação, e acabou frustrado com o resultado.
Comigo acontece bastante!


Raras as vezes em que o contrário acontece, e foi pensando nisso que escrevi este drops. Vem ver três vezes que o mangá superou DRASTICAMENTE o anime.


1 - Chrno Crusade


Em geral a história do anime e do mangá são próximas, mas definitivamente não são iguais. O mangá é muito mais profundo e o final... Ah! O final de Crhno Crusade... O final do anime é emocionante, e já assisti umas 3 vezes, mas o final do mangá, o final do mangá não dá pra ler mais de uma vez sem chorar em todas elas.


Além de muito  mais legal e impactante que o do anime, o final do mangá te traz aquele sabor doce de torta de morango em um dia de calor.
A trilha sonora do anime é muito boa e vale a pena ouvir!


2 - Blade Lâmina do Imortal.


O principal ponto que difere este anime de seu mangá predecessor é a quantidade de episódios adaptados e a quantidade de história no mangá. O anime conta com 13 episódios e o mangá, em sua primeira edição pela falecida Conrad, conta com 38 fascículos e a história continua incompleta. A história é sobre um rounin que se torna imortal, e que ajuda uma garota em busca de vingança por sua família. Parece só mais um entre tantos com a mesma premissa, mas Manji e Rin amadurecem juntos no mangá e a história evolui para algo mais interessante e sombrio.


No anine não temos a chance de ver esse amadurecimento das personagens e a história fica exatamente como parece, superficial.
Mas há algo que ambos se equiparam, a história está imcompleta. Em 2016 a JBC voltou a publicar a obra no Brasil, em edições especiais e maiores. Como não pude ler esta nova edição (ainda) não posso informar se há um final.
Mas a obra inteira tem gosto de batata frita com refrigerante de maçã verde.


3 - Samurai X


Esta obra é uma queridinha para muuuita gente, mesmo para as pessoas que não estão acostumadas a assistir animes, como eu e vocês que acompanham as postagens desse blog. De tão querida esta obra merece um Anime Nostálgico só dela, mas por hora vamos falar do porque essa obra é melhor impressa do que animada.
Na verdade o anime é bem adaptado perto de algumas outras adaptações por aí, mas a atmosfera no mangá é muito mais pesada que no anime, mesmo com todos os alívios cômicos, o clima é bem mais maduro que o anime. Por este fato o melhor arco da série não foi adaptado para o anime. O que chamo de Saga de Enishi (porque sou dessas que dá nomes para sagas de acordo com meu bel prazer xD) trata exatamente da parte que mais nos interessa, o que fez Battousai mudar de vida e abandonar o título de retalhador? Para saber a resposta você vai precisar ler. xD


Por se tratar de uma era de guerra e muitos assassinatos não haveria como esse arco ser adaptado com o ar brincalhão do anime, por isso a solução foi fazer duas sequencias de OVA's. Ainda assim o arco foi pouco explorado, o mangá entrega muito mais informações e pequenas nuances nas características de cada personagem que quem apenas assistiu não conseguiu adquirir.


Além disso temos a presença de algumas personagens na animação que não existem no mangá, apesar de não adicionarem ou prejudicarem nada na história, logo que você começa assistir o anime cria uma grande interrogação na cabeça de quem leu. Eu mesma fui perguntar para a Keiko-chan (já que ela é a perita nesta obra, e também quem me emprestava o mangá), pois não me lembrava dessas personagens.
Essa harmonização foi fácil... Samurai X harmoniza com tudo aquilo que aquece o coração, ou seja, takoyaki, onigiri de salmão, chá verde gelado, pocky tradicional e melona sabor melão. 


Vale lembrar que apesar das diferenças ambas as obras valem apena serem lidas e assistidas.

Mata ne! o/



quinta-feira, 13 de abril de 2017

Anime Nostálgico - Serial Experiments Lain

Pense em um anime complexo, agora multiplique por 10.

Serial Experiments Lain foi lançado no Japão em 1998 e no Brasil ficou conhecido principalmente após a exibição nos falecidos Locomotion e Animax (por isso creio que por volta de 2000 - 2007, quando o Animax ainda se preocupava em passar anime).


A sinopse desse anime é bem difícil de explicar então eu colocarei a fonte do texto dela no final do post. [Serial Experiments Lain descreve a "Wired" como a soma das redes de comunicação humana, criada a partir dos serviços de telégrafo e telefone, e expandida com a internet e suas redes subsequentes. O anime assume que a Wired pode ser ligada a um sistema que permite a comunicação inconsciente entre pessoas e máquinas sem necessitar de uma interface física. A história nos introduz esse sistema com a Ressonância Schumann, uma propriedade do campo magnético da terra que teoricamente supera todas as barreiras de comunicações a longa distância. Se tal ligação fosse criada, a rede se tornaria equivalente à realidade num consenso geral das percepções e conhecimento. A tênue linha entre o real e o virtual começaria a sumir.




Eiri Masami é apresentado como sendo o diretor do projeto "Protocolo 7" (a próxima geração do protocolo de internet daquele tempo) da grande companhia de computação Tachibana Labs. Ele incluiu secretamente um código para se dar o controle da Wired através do sistema descrito acima. Ele então faz o upload de sua própria consciência na Wired e então morrendo na vida real alguns dias depois. Esses detalhes são revelados pela metade da série, mas esse é o ponto em que a história de Serial Experiments Lain começa. Masami mais tarde explica que Lain é o artefato pelo qual a barreira entre o mundo real e virtual irá cair, e que ele precisa que ela "abandone o corpo", como ele fez, para alcançar seu objetivo. Ao desenvolver da série, o vemos tentando convencê-la através de intervenções, usando promessas de amor incondicional, destino e, quando todas as tentativas falham, ameaças e força bruta.




Neste meio-tempo, o anime segue um complexo jogo de "esconde-esconde" entre os "Knights", hackers que Masami diz serem "crentes que permitem que ele seja um deus na Wired", e a Tachibana Labs, que tenta reaver o controle do Protocolo 7. No fim, o espectador vê Lain percebendo, depois de muita introspecção, que ela possui poder absoluto sobre a mente de todas as pessoas e até da própria realidade. Os diálogos entre diferentes versões de si mesma mostra o quão afastada do mundo real ela se sente, e seu medo de viver na Wired, onde ela detém as possibilidades e responsabilidades de uma deusa.]



Parece confuso? Porque é. Além de toda a bagunçada trama o anime tem traços grosseiros, que eu acredito que sejam propositais, para causar desconforto. Além disso, muitas cenas beiram o non-sense bizarro, mas tudo isso gera enormes questionamentos. Até onde tudo aquilo não se passa apenas na cabeça da pequena introvertida e isolada Lain? 



Falando a sério, eu acredito que quando assisti o anime (por volta dos meus 13/14 anos) não tinha maturidade e nem mesmo repertório o suficiente para entender o que estava se passando na tela do meu computador. Por esse motivo, agora mais velha revi a obra e entrei em choque... Eu ainda não tenho repertório suficiente para decidir se o anime se trata de uma viagem maluca pelo inexplorado mundo da internet, gerando críticas ao uso irresponsável e desenfreado do mesmo, se fala da depressão de uma pré-adolescente com problemas de socializar, ou se trata-se dos dois.



Claramente daqui a 10, 20 anos irei rever esse anime e encontrarei ainda mais questionamentos. A bem da verdade é que esse anime é incrível exatamente por sua atemporalidade. Os questionamento relizados em 1998 podem, e serão, estendidos por décadas a fio. Ainda mais se pararmos para notar que o hoje o VR é real. Essa história da linha tênue entre o real e o virtual é muito explorada em muitas obras da cultura pop em geral, por exemplo: Matrix.



Muitas pessoas com quem converso sobre esse anime descartam de primeira a possibilidade do anime falar sobre depressão durante a adolescência, mas em época de "13 Reasons Why", vale refletir, afinal o anime começa com uma das colegas de escola da Lain se suicidando para "upar" sua consciência para a Wired, ou seja, até onde toda essa história não se passa na confusa mente de uma garota em depressão, que teve uma colega vítima de suicídio?




Para a harmonização desse anime eu pensei muito, mas muito mesmo! E cheguei a conclusão que chá verde com gengibre, torradinhas com patê de gorgonzola e alho, bolo de banana com nozes e canela.


Você encontra Serial Experiments Lain:
Para download e online (google drive) aqui.


Mata ne! o/
Fonte da Sinopse:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Serial_Experiments_Lain